A terceira edição da pesquisa com consumidores intitulada “Evolução do consumo de energia no lar: Intenções, ações e obstáculos para uma maior eficiência energética no lar”, elaborada pela Schneider Electric, revela que mais da metade dos entrevistados espanhóis consideram que a iluminação inteligente melhora a eficiência energética e 25% já possuem iluminação inteligente em suas residências.
O documento apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com 13.000 pessoas de 11 países ao redor do mundo com o objetivo de descobrir atitudes e comportamentos em relação à eficiência energética nas residências, sustentabilidade e tecnologia inteligente no lar.
O relatório foca nos comportamentos, obstáculos e disposição dos proprietários de imóveis para adotar soluções de economia de energia. Em particular, os resultados deste ano na Espanha destacam uma grande distância entre a conscientização e a ação.
84% dos entrevistados na Espanha consideram que a eficiência energética é ‘bastante importante’ ou ‘muito importante’, 85% acreditam que se trata de uma melhoria significativa para suas casas e 70% afirmam que reduzir sua pegada de carbono é ‘bastante importante’ ou ‘muito importante’ para eles.
No entanto, são poucos os proprietários espanhóis que estão implementando as medidas de maior impacto para reduzir o consumo de energia. Apenas 45% ajustam a temperatura de sua residência, embora essa seja uma das ações de maior impacto. Ao mesmo tempo, 55% dos proprietários desligam as luzes como principal estratégia para economizar energia, enquanto a iluminação representa apenas cerca de 5% das contas de eletricidade. O segundo método mais popular, desligar os carregadores que não estão em uso (50%), também tem um impacto mínimo na conta de energia.
Importância da tecnologia energética doméstica
O relatório revela que há também uma ênfase exagerada na iluminação em relação ao tipo de tecnologia energética que os consumidores têm em suas casas. 54% dos consumidores espanhóis acreditam que a iluminação inteligente melhora a eficiência energética de suas residências e 25% possuem iluminação inteligente. Por outro lado, embora 27% das casas espanholas tenham um termostato inteligente, menos da metade (47%) reconhece suas vantagens para a economia de energia, apesar das evidências que demonstram que ele pode reduzir as contas de energia em até 30% anualmente.
De acordo com Fernando Vázquez, vice-presidente de Home &Distribution da Schneider Electric na região ibérica, “os consumidores querem reduzir sua fatura de energia, aumentar sua confiabilidade energética e melhorar a eficiência energética em suas casas. No entanto, existe uma lacuna entre a intenção e a ação. A tecnologia para melhorar a eficiência energética no lar já existe, mas falta conscientização sobre quais formas de implementá-la causam um impacto maior.”
Primeira vez que a pesquisa aborda atitudes em relação à inteligência artificial (IA)
Apesar das previsões de que a IA e a automação poderiam ajudar a reduzir até 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), 37% dos entrevistados afirmaram que nunca confiariam na IA para tarefas domésticas, 31% não entendem a tecnologia e 35% querem evitá-la ao máximo. Além disso, 50% acreditam que a tecnologia doméstica inteligente é cara demais, apesar de os lares conectados poderem alcançar uma economia de energia de até 22%.
A pesquisa também revela uma lacuna no conhecimento sobre a tecnologia doméstica mais tradicional. 37% dos entrevistados não sabem o que faz seu quadro elétrico, e 18% não sabem onde ele está localizado. O quadro elétrico é o núcleo do sistema de alimentação da casa e garante a segurança dos dispositivos e aparelhos elétricos, portanto, esse desconhecimento pode representar riscos importantes à segurança caso seu estado seja ignorado à medida que as residências se eletrificam.
Fonte: Casadomo